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A empreitada de adaptação da antiga fábrica de conservas Marie d’Anjou para as novas instalações do Museu Francisco Lacerda, na Calheta, em S. Jorge, teve início esta sexta-feira, 5 de janeiro. A obra, adjudicada ao consórcio AFAVIAS Açores e AFAVIAS Construções, por três milhões e setenta mil euros, a que acrescerá o IVA à taxa legal em vigor, tem conclusão prevista para o final de março de 2019, caso não existam prorrogações de prazo. Este investimento visa criar uma infraestrutura de fruição cultural moderna implantada num local de memórias ligadas à industria da conserva de peixe. Para o efeito, será mantida, dentro do possível, a imagem formal da fábrica, recorrendo-se à reinterpretação volumétrica do edificado, tendo sido, para tal, selecionadas as estruturas mais significativas, como socalcos (pré-existências agrícolas), empena da nave maior e chaminé adossada, casa de habitação existente no local, que serão mantidas e reintegradas com novas adições de arquitetura moderna, numa atitude regeneradora e proporcionada. A antiga fábrica Marie D’Anjou iniciou a sua atividade no mar com a apanha de atum que era depois descarregado, sangrado e processado numa linha fabril que incluía várias etapas. Esta lógica de produção desenvolvia-se ao longo de edifícios distribuídos em socalcos, culminando num ponto cimeiro com uma casa isolada, morada do gerente da fábrica. Mesmo em ruínas, a fábrica Marie D’Anjou revela-se segundo uma arquitetura funcional complexa e fraturada, sendo essa heterogeneidade tão visível seguida na arquitetura do novo Museu Francisco Lacerda, que, apesar de espelhar essa complexidade, será polo integrador, um centro de cultura que dê e retenha memórias, lugar de festa e celebrador da vida na ilha de São Jorge. A questão da sustentabilidade foi também central na conceção e uso futuro do edifício. Nesse sentido, todas as questões relacionadas com ganhos energéticos e de conforto foram tidas em conta no desenho e orientação dos edifícios, pelo que foram adotadas soluções técnicas e construtivas que facilitam a ventilação por meios naturais A pedra de basalto e a madeira de criptoméria foram os materiais eleitos com as evidentes vantagens económicas, quer de fabrico, quer de fácil manutenção. A cerimónia de assinatura do auto de consignação da empreitada decorreu esta sexta-feira, 5 de janeiro, nas atuais instalações do Museu Francisco Lacerda, pelas 16h30, e contou com a presença do Diretor Regional da Cultura, Nuno Ribeiro Lopes.
(Comunicado de 04/01/2018 cedido por GaCS)